Artesãos recriam peças centenárias de São José de Anchieta e movimentam turismo religioso no ES

  • 18/06/2025
(Foto: Reprodução)
Imagens do santo são vendidas no Santuário Nacional de Anchieta, no Sul do Espírito Santo, e também servem como fonte de renda extra para artesãos. Artesanato fortalece renda e tursimo religioso em Piúma Artesãos do Sul do Espírito Santo aprenderam uma técnica centenária para produzir réplicas do século XIV de São José de Anchieta. O objetivo é vender o trabalho principalmente durante a tradicional caminhada de Passos de Anchieta, que acontece entre os dias 19 e 22 de junho. As aulas ministradas para os artesãos foram feitas no Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) de Piúma. Para os artistas, foi uma oportunidade de aprender novas técnicas, conseguir uma renda extra e movimentar o turismo religioso na região. 📲 Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp O ícone original do santo está exposto no Santuário Nacional de São José de Anchieta, em Anchieta. A obra foi desenvolvida especialmente para ficar exposta no local, e levou cerca de três anos para ser concluída. Foi essa peça que serviu de inspiração para as aulas. Imagens de São José de Anchieta feitas por artesãos do Sul do Espírito Santo que participaram de oficinas realizadas pelo Ifes Reprodução/TV Gazeta Com o trabalho confeccionado pelos artesãos, turistas podem levar uma representação própria do ícone e valorizar o artesanato, que é vendido no próprio santuário a partir de R$ 45. O preço varia pelo tamanho da peça e pelo artista que a confeccionou. Desde quando as imagens foram expostas na loja do santuário após as oficinas até a proximidade dos Passos de Anchieta, mais de 100 produtos foram vendidos. A expectativa da organização do santuário é que as vendas aumentem durante a festa e a caminhada. Trabalho delicado Vinte e cinco artesãos foram capacitados com aulas no Ifes. As oficinas foram oferecidas em maio e no início de junho. Durante o curso, eles aprenderam a técnica da decoupage, a partir de cópias do ícone em papel utilizando madeira de reflorestamento e de reaproveitamento de materiais. As peças são ricas em detalhes e algumas possuem traços em folhas de ouro. Artesãos aprenderam técnica para reproduzir réplica de São José de Anchieta e impulsionarem turismo religioso em Anchieta, Sul do Espírito Santo Reprodução/TV Gazeta O processo da decoupagem consiste em: Lixar a madeira; Tingir; Selar para cobrir as imperfeições; Colar a imagem de papel; Lixar novamente; Aplicar verniz e cera de abelha. Márcia Macedo Costa dos Santos é uma das artesãs empenhada em aprender a nova prática. "É bonito o trabalho em si, a peça, e também a história dela", disse. Os alunos não aprenderam apenas a técnica artesanal, mas também estudaram o significado da pintura sacra e as mensagens que ela transmite. LEIA TAMBÉM: Alunos da rede pública participam de projeto que monitora qualidade dos rios no ES Curso de cerâmica aos pés da estátua do Buda gigante ajuda mulheres a terem fonte de renda no ES Com fé e açúcar: devota transforma promessa em tradição com doces em formato de Santo Antônio Vinte e cinco artesãos aprenderam técnica para fazer réplica de imagem de São José de Anchieta no Espírito Santo Reprodução/TV Gazeta Além de funcionar como fonte de renda disso, o professor do Ifes que deu as aulas e teve a ideia de ensinar a prática, Clinger Bernardes, apontou que o turismo religioso é alavancado com o aprendizado artesanal. "Muitas pessoas acabam conhecendo destinos de turismo religioso a partir do artesanato religioso. Peças de artesanato religioso não são compradas apenas pela sua beleza, mas também pelo seu significado. Então, quando o turista, a pessoa que está comprando aquele material, sabe um pouco mais sobre aquela peça, o simbolismo daquela peça, as pessoas tendem a estar dispostas a pagar um pouco mais. O conhecimento em torno da produção agrega valor ao artesanato religioso", explicou Fayda Catarinose já trabalhava com artesanato e aproveitou a oportunidade para se aperfeiçoar. "É abrir um leque para uma visão diferenciada, uma vez que eu moro em Anchieta, do lado do Santuário. Então, é uma abertura nova para um novo tipo de artesanato para atender o turismo local. Fazer os ícones tem um gostinho diferente, porque é uma divulgação daquilo que está ali ao meu lado. As pessoas precisam conhecer mais a história do santuário, não só religiosa, mas de São José de Anchieta na cultura desse país. História que fica escondida e não tem a relevância que deveria ter", comentou a artesã. Tradição O ícone original de São José de Anchieta é o primeiro dedicado ao santo desde a sua canonização, ocorrida em abril de 2014. A imagem está no santuário há quase um ano. Imagem de São José de Anchieta fica em Santuário em Anchieta, Espírito Santo Reprodução/TV Gazeta Feito em madeira de cedro maciço, a peça tem cinco centímetros de espessura e sua pintura segue a técnica russo-bizantina com folhas de ouro de 24k e pigmentos naturais misturados com têmpera de ovo. De acordo com o padre Álvaro Negromonte, reitor do santuário, a técnica utilizada tem um propósito: atrair o olhar do fiel e, ao mesmo tempo, contar a história do santo, para criar um elo entre a imagem e a fé de quem a contempla. "O ícone nos ajuda a olhar a própria história de vida, história do mundo, e perceber com que olhos Deus vê esse mundo. Deus me vê por meio dos olhos dos santos. O ícone é uma grande riqueza que foi incorporada não somente ao patrimônio artístico do Santuário Nacional, mas ao patrimônio místico e religioso que o santuário tem", pontuou o padre. Passos de Anchieta Segundo a organização do evento da 26ª edição dos Passos de Anchieta, a caminhada dá início na quinta-feira (19), com saída da Catedral Metropolitana de Vitória, após a missa de abertura. Caminhada Passos de Anchieta começa na Av. Beira Mar, em Vitória Ari Melo / TV Gazeta Tradicionalmente, são 100 quilômetros percorridos durante quatro dias até chegarem ao Santuário Nacional de Anchieta, no domingo (22), quando acontece o encerramento da Festa Nacional de São José de Anchieta. O trajeto é o mesmo que foi realizado pelo padre, hoje São José de Anchieta. A caminhada é um evento de fé, peregrinação e também de lazer e turismo, sendo um dos maiores do segmento no estado. Os fiéis saem de Vitória, passam por Vila Velha e Guarapari até chegar em Anchieta. Os andarilhos são recebidos pela comunidade local com apresentações culturais e lanches com produtos típicos. Ao final da caminhada, os participantes também recebem certificados de participação, finalizando o evento no Santuário Nacional São José de Anchieta. VÍDEOS: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo

FONTE: https://g1.globo.com/es/espirito-santo/sul-es/noticia/2025/06/18/artesaos-recriam-pecas-centenarias-de-sao-jose-de-anchieta-e-movimentam-turismo-religioso-no-es.ghtml


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