Julgamento da trama golpista: entenda as diferenças dos votos dos ministros Moraes, Dino e Fux nas questões processuais

  • 10/09/2025
(Foto: Reprodução)
Fux fala sobre independência e não seguir a determinação da maioria O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), apresentou divergências em relação ao voto do relator, ministro Alexandre de Moraes, em seu voto no julgamento da trama golpista quanto a questões preliminares. Fux apresentou seu voto nesta quarta-feira (10). 🔎 O tema envolve questões que se relacionam ao andamento do processo, mas têm influência nos desdobramentos do caso. O relator Alexandre de Moraes e o ministro Flávio Dino, o segundo a se manifestar o julgamento, votaram rejeição das questões preliminares levantadas pela defesa – entre elas, a validade da delação de Mauro Cid, a competência do STF para analisar o caso, a alegação de cerceamento de defesa. Em parte desses temas, o ministro Luiz Fux apresentou posicionamentos diferentes. Veja abaixo os principais pontos de divergência e convergência dos ministros. Competência para julgamento Alexandre de Moraes e Flávio Dino votaram por reforçar a competência da Primeira Turma para analisar o caso. O ministro Luiz Fux divergiu. Considerou que não cabe ao Supremo analisar o caso, mas sim a Justiça Comum. O magistrado ressaltou que os acusados não têm foro privilegiado. Fux em julgamento da trama golpista em 10 de setembro de 2025 Adriano Machado/Reuters Fux ressaltou também que o tipo de competência em discussão é a absoluta, que não pode ser mudada pela vontade das partes e pode ser reconhecida a qualquer momento. Direito de defesa Alexandre de Moraes e Flávio Dino rejeitaram o argumento das defesas de que houve cerceamento no direito de defesa em seus votos. Um dos pontos levantados pelas defesas era a grande quantidade de documentos para analisar em pouco tempo. 👉🏽 Nesse ponto, o relator ressaltou que não foram juntadas provas próprias pelos advogados, e que eles não esgotaram o número de testemunhas possíveis no momento de coleta de informações. Entretanto, o ministro Luiz Fux considerou que houve prejuízos à defesa. "Em razão da disponibilização tardia de um tsunami de dados, sem identificação com antecedência dos dados , eu acolho a preliminar de violação constitucional de ampla defesa e declaro cercamento de defesa", disse Fux. Delação de Mauro Cid Moraes e Dino votaram pela validação da delação de Mauro Cid, que firmou acordo com os investigadores em 2023. A colaboração de Cid foi atacada pelas defesas nas sustentações da semana passada. "Eventuais omissões dolosas não acarretam nulidade delação, mas merecem análise sobre efetividade e modulação dos benefícios pactuados", pontuou o relator. Montagem mostra Fux e Moraes Flickr/STF "As provas orais, deslindadas pelo delator, me parecem absolutamente compatíveis com o acervo probatório dos autos", declarou Dino. "Encontramos um acordo de colaboração premiada válido, suficiente para sustentar um juízo de condenação", concluiu. Fux também votou pela validação do acordo. Considerou "desproporcional" a anulação da delação. "Estou acolhendo a conclusão do relator, o parecer do Ministério Público e voto no sentido de se aplicar ao colaborador ou benefícios propostos pela PGR", declarou.

FONTE: https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/09/10/julgamento-da-trama-golpista-entenda-as-diferencas-dos-votos-dos-ministros-moraes-dino-e-fux-nas-questoes-processuais.ghtml


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